terça-feira, 20 de julho de 2010

Som e silêncio

O Som é onda, um feixe de ondas. Produto de uma seqüência rapidíssima de impulsões e repousos. Graficamente ela sobe e desse, começa e termina. Sendo assim, som é presença e ausência estando permeado de silêncio. Jonh Cage é feliz em dizer que "nenhum som teme o silêncio que o extingue". Em contra partida há sempre som dentro do silêncio.
Somos um vai e vem de momentos. De nostalgia e adrenalina. De intensidade e marasmo. Não há o que temer em qualquer situação, pois tudo começa e termina. E quando termina não acaba, sendo apenas repouso, uma ausência.
É silêncio que aguarda o som, um impulso que o extingue, um barulho que o desperte para de novo entrar em silêncio.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Regra Básica: Ouvir.

De todas as manifestações artísticas que o homem manipula, a música é considerada como a Rainha. Tal título é merecido não somente por sua beleza sonora na organização das alturas harmônicas, melódicas e rítmicas, mas principalmente pelo caráter abstrato de refletir a condição humana. É como se a música fosse criada para uma função, ou missão: Transformar a realidade física de um momento em abstração, imaginação, ou ainda, expressão de sentimento e razão.
A prova disso está no fato de rechearmos os grandes eventos de nossa vida com ela: casamento, namoro, formatura, nascimento e até mesmo na morte. Como se não bastasse nosso time de futebol tem seu hino; o refrigerante ‘famoso’ sua canção; o programa de TV sua vinheta; até o mercado possui sua música ambiente. Na verdade é quase impossível passar algumas horas do dia sem sermos envolvidos por pelo menos parte de uma canção.
Este ‘excesso’ de sons melódicos em todo o lugar e a toda hora, implicou num desenvolvimento das ‘funções musicais’. Nestes dias a música vende, diverte, consola, brinca, ensina, une, cura, prepara, expressa, relembra, entristece, agride, agrada... e etc. Hoje ela é mais técnica, mas estudada, mais pesquisada e mais improvisada. Contudo, como todo o extremo não escapa de suas conseqüências, nossa Rainha também tem suas derrotas. Seu excesso é também seu vilão.
Banalizamos a música, por consequente, poucos fazem com ela uma escuta reflexiva. Alguns ainda conseguem o silêncio para ouvi-la, outros se esforçam para não perder pelo menos o côro (estribilho) de sua canção predileta. Na verdade estamos nos acostumando com a ouvir música da mesma forma como nos acostumamos a ouvir o som dos motores na hora da ‘rush’.
Bem, tenho uma pergunta pra você: De que forma você tem escutado e se envolvido com a música da Igreja? Permita-me lhe dar algumas sugestões de resposta. a) como música ambiente de mercado, onde na verdade você não está lá para ouvir música; b)como uma vinheta para seu programa de culto; c) Só lhe aflora a devoção se for o hino do ‘seu time’, do seu gosto; d) Só há envolvimento se a música marcou algum evento da vida; e) Nenhuma das alternativas.
O objetivo desta reflexão não é que você observe criticamente a música que a Igreja está fazendo – pelo menos, não neste momento – mas sim, reflita na forma como você a está ouvindo. Uma regra básica para se envolver com a música é ouvir.
O Espírito de Profecia afirma: “[a música] É um dos meios mais eficazes para impressionar o coração com as verdades espirituais. ... [Através dela] as tentações perdem o seu poder, a vida assume novo sentido e propósito, e o animo e alegria se comunicam a outras pessoas!” – Educação, pág. 167.
Não será possível estarmos sob a influência da música se não soubermos escutá-la, por isso é comum certas canções nos desagradarem. Ainda mais se esperamos que ela nos relembre ou marque eventos, ou, que seja aquela que queremos. Com certeza a música nos incomodará se esperamos dela somente um ambiente musical ou uma vinheta. Ela também jamais agradará a todos o tempo inteiro.
A pergunta que devemos fazer então é: Como ouvi-la de forma que ela me impressione, me convença de verdades espirituais? Deus nos mostra o que Ele faz quando quer ouvir algo em especial. Em 1 Pedro 3:12 está relatado: “Pois os olhos do Senhor estão sobre os justos, e os Seus ouvidos atentos a sua súplica, mas o rosto do Senhor é contra os que fazem o mal”. Não há outra maneira, somente ouvindo com atenção poderemos obter os benefícios da música.
Quando nos concentramos na música de tal forma que a sua poesia e melodia começam a ter sentido e lógica, quando os ruídos paralelos estão cada vez mais suaves, por fim, quando nossa mente fica a sós com a música, aí sim estamos ouvindo. E quando isto acontece durante nosso culto de adoração a Deus, passamos do estado de ouvinte para o de participante. Deixamos de cantar para começar a louvar.
Gostaria que você refletisse, por enquanto, na sua forma de ouvir música, e tomasse cuidado para que seu foco seja a música, não os ruídos. Desta forma, sua sensibilidade musical também será apurada, sua percepção e busca por música que lhe agrade também.
Que Deus nos abençoe.
Réges Marth
1° de 4 artigos para a IASD da Barra da Tijuca

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Alvo - Por Veronica Bareicha

Cresci ouvindo um programa de rádio que a minha mãe adorava. Era um programa de variedades, debates, utilidade pública, humor, música... Ao final de cada edição, o locutor se despedia mais ou menos assim: “Então caros ouvintes, lembrem-se sempre; ‘esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação...’” Ouvi esta despedida, muitas e muitas vezes. Como criança, ficava me perguntando o que seria avançar para o alvo, para o prêmio da soberana vocação. Tudo aquilo me soava misterioso e estranho.

A verdade é, proponha um alvo em seu coração. Tenha um objetivo de vida, e caminhe atrás dele. Lute mesmo, percorra todos os caminhos possíveis até encontrar o que procura. E se esqueça do que vai acontecer em seguida. Como? Em seguida? O texto não diz das coisas que ficam para trás? O texto foi escrito por São Paulo, e estou querendo fazer uma nova leitura, cheia de licenças poéticas? Não. Explico. Se esqueça do que vai acontecer em seguida e deixe para trás, porque na hora em que você se puser no caminho, muita pedra, muita rocha, muito tudo, vai rolar, desabar mesmo e tentar atingir você. Duvida? Eu não.

Sabe qual é a grande graça da vida? Enquanto você não tem um alvo, enquanto se aquieta em sua própria inércia; existem muitas pessoas queridas ao seu redor. Todos lhe aplaudem. Todos lhe dizem incansavelmente do seu valor, talento e do quanto é especial. Dizem até o que você deve ser, fazer, sair e acontecer. Mas na hora em que se propõe a seguir um alvo, seja qual for, qualquer um... É que se pode perceber, quem é quem. E decepções virão...

Não quero de forma alguma soar triste no que escrevo. Não. O que quero dizer é que quem se propôs chegar a algum lugar, não pode desistir no meio do caminho. Não há retorno para quem pôs os pés na estrada, não há como se fechar as asas no meio do voo... Não porque não se possa simplesmente dar meia-volta e pronto... Não. Quando se parte em busca de um alvo, o mínimo que se espera é se chegar. A jornada feita até então, seja ela do tamanho que for, foi feita com sacrifício, sonhos e lágrimas... E ai é simples assim, não dá pra retornar... Se houver retorno, perdemos uma parte de nós mesmos... Dá pra entender?

O que se passa? Falta de dinheiro? Dor? Solidão? Rejeição? Falta de sorrisos e tapinhas nas costas? Não importa... Prossiga. Você tem um sonho? Um alvo? Você pode até parar no meio do caminho, dar um tempo, mas, por favor, não retroceda jamais!... E assim que possível; avance!
Confesso que não sei o tamanho da sua luta. Neste mundo tresloucado em que vivemos, perguntamos se o outro está bem, sem na verdade querermos saber a resposta... Tirando a minha parte, a minha falta como pessoa, o que eu sei é que você deve seguir, deixar atrás e prosseguir para o alvo, para o prêmio. Não desistir! Sabe aquela história do show tem que continuar? Pois é... Continue. E lembre, se as pedras estão vindo é porque você está no rumo certo.

Me despeço agora como aquele locutor de minha infância, usando apenas um linguagem nova: “...não sou ainda tudo o que eu deveria ser, porém estou concentrando todas as minhas energias para insistir nesta única coisa; esquecendo o que passou e aguardando esperançoso aquilo que está a frente, esforço-me para chegar ao fim da corrida e receber o prêmio...” (Filipenses 3: 13 e 14 Bíblia Viva.)

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

És Bela

(para Daisy Sales de Oliveira por Réges Marth)

És bela não só por estar, mas ser;
És bela não só por manter, mas ter;
A beleza que por vezes incógnita, duvidosa,
Por ti e em ti, inquestionável, luminosa.
És bela pela cor, que convida ao teu sabor...
Sabor quente... mordente... acariciador...
Que entre tua boca e o meu desejo, É por ti e em ti, dominador.
O meu tempo para. Eu me rendo.
Sou escravo de teus olhos, Sendo livre deles, só em tua boca.
Preciso dizer – És bela – preciso repetir.
Teu sorriso. Tua pele. Fuá.
Não me faça para... Pois beleza tua não cansa;
Não perde sabor nem calor; Não liberta: Excede!
És por ti e em ti – Bela!

Copyright - Direitos Reservados ao Poeta
Usado com permissão

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Desejos

Quanto tempo ainda vai demorar para que eu entenda que a vida é curta, e ela não vai passar...

É da natureza humana sonhar, e os sonhos são eternos.

Também chamamos de sonhos o que na verdade são desejos.

Eu desejo aquela torta saborosa da padaria.

Aquela viagem de férias para uma ilha paradisíaca.

Um apartamento naquele condomínio.

Aquele mestrado.

Quando chegar a aposentadoria,... netos, saúde e energia.

Dentre tantos desejos, desejamos amar mais, ter menos inimigos, ser solidário, ser salvo.

Eu também quero ter o sonho, ou o desejo, de amar os mandamentos divinos incondicionalmente.

Conhecer todas as profecias e ser um testemunho vivo da obra de Deus para sempre.

Uns desejam muito mais, outro muito menos.

Agora, já parou pra pensar no que acontece e o que fazemos quando se realiza algum desejo? Sim! Marcamos uma festa, distribuímos e recebemos abraços acalorados. Alargam-se os lábios para próximos das orelhas e nos recordamos com mais freqüência da adolescência e de nossos Pais. Por vezes agradecemos a Deus, até com ofertas. Surge forte sentimento de orgulho – não vaidoso ou arrogante – Realização.

Mas misteriosamente, após alguns dias, tudo isso passa e nos pegamos pensando em outro sonho.

Pois é, parece ser algo como, desejamos mais o desejo do que o desejado. Quando alcançamos um sonho, precisamos logo de um outro.

Claro que isso não é regra, afinal, sonhos não possuem regras e nem metas.

Isso mesmo! Quando colocamos prazos, estabelecemos metas, traçamos objetivos, estamos desistindo do sonho para torná-lo realidade. Estamos buscando o desejo para deixar de desejar, e por isso, vamos precisar de novos desejos.

Jesus disse: “Quem beber da água da vida, jamais vai sentir sede de novo.” Em terra seca o que mais se deseja e água em abundância. Água que jorra, que corre límpida, que jamais secará.

Mas Cristo não oferece essa água.

Ele não oferece uma fonte em abundância.

Ele diz que quem beber da água da vida não terá mais sede.

Quem não sente sede, não bebe!

Então, para que servirá água? Pra que rios e mananciais?

Sejam bem vindos os desertos.

Se deixarmos a poesia de lado, o que Cristo estaria dizendo? – Quem desejar a vida – Eu sou o caminho a verdade e a VIDA – não precisará de mais nenhum desejo?

Talvez, me senta contentado e feliz somente com as coisas do céu.

Não! Cristo nunca faria isso conosco, ao contrário, desejar e desejar cada vez mais é algo que esta na nossa natureza, e foi Deus que nos criou assim.

Nós vivemos hoje assim como a mulher da história acima, desejando mais o desejo do que o desejado. Observe se não é assim também com você?

Imagine.

Queremos muito um determinado relógio famoso em sua grife e preço elevado, porém, para tê-lo são necessários alguns acontecimentos como dinheiro para comprá-lo e para isso é necessário traçar planos e fazer economias para alcançar o investimento. Mas não é só isso. Para que você não passe como dono de um relógio falso, são necessários, ainda, roupas que combinem com o ‘status’ do relógio, palavras e gestos que o torne digno de tal posse, envolver-se com pessoas que reconheçam o valor e o que significa possuir tal relógio.

Pois bem trabalhamos duro para conseguir e quando conseguimos, recebemos com o decoro exigido pelo desejo.

Por um bom tempo este relógio significará isso mesmo, porém logo passará.

Em algum momento, sei lá, na frente do espelho enquanto abotoamos a camisa olhamos o relógio e chegamos à conclusão de que ele não tem mais o encanto do desejo.

O que Cristo promete não é um sentimento constante de satisfação, muito menos a falta de desejo.

Precisamos pensar um pouco sobre isso e entender algumas coisas.

Uma delas e que as coisas com Cristo não são coisas.

Não tocamos.

Não pegamos.

E não é utopia.

Funciona assim.

Todos nós já admiramos algum por de sol. Em alguns lugares eles nos encantam como se fossem pinturas a mão. O gasômetro, no Rio Guaíba em Porto Alegre, é um destes lugares. Para algumas pessoas, um por de sol é inspiração, motivação, e contemplar diariamente é privilégio.

Mas diferente do relógio, ele não cansa e nem enjoa. Deus faz cada por de sol diferente um do outro, e se você olhar com calma cada um irá lhe inspirar de maneira diferente.

Ou seja, o mesmo desejo...

Renovado...

Diferente...

Vamos ser mais práticos.

Se desejo compor sobre o nascimento de Jesus, sei que Deus vai me dar milhares de inspirações e diferentes formas de ver o meu tema, o meu desejo.

Por cada composição ser única, nunca deixarei de compor. Nunca vou parar de realizar o meu desejo.

Entenda, nos desejamos mais o desejo do que o desejado.

Deus nos faz desejar o desejado, e quando o alcançamos, continuamos desejando.

Entender isso é entender também que no céu estaremos pela eternidade desejando mais dos nossos desejos, e não somente desejando mais desejos.

Enquanto não estamos no céu, aqui na terra continuaremos a desejar, e é primordial aprendermos como Deus faz com os desejos.

Por exemplo:

Quando conquistamos alguém que desejamos, logo desejaremos outra pessoa.

Quando conquistamos alguém que desejamos com Cristo, com o tempo desejaremos mais e mais da mesma pessoa.

Este desejo na fonte de Cristo significa desejar descobrir diferentes formas de amar e ser amado pela mesma pessoa.

Em Cristo o desejo é igual ao ‘e foram felizes para sempre’.

Se desejamos o dinheiro, com o tempo, todo o dinheiro do mundo não será o bastante.

Em Cristo, quanto mais dou ao que não tem, mais tenho.

O homem deseja o desejo.

O Divino deseja o desejado.

Quanto tempo ainda vai demorar para que eu entenda que a vida é curta, e ela não vai passar... Não me importo com isso, pois meu desejo é a eternidade, e quando eu conquistá-la, estarei desejando o autor da eternidade, Cristo!

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Eu preciso fazer um exercício mental...

Sabe esses e-mail's de mensagens – power point com músiquinha e uma mensagem, que dizem querer por você pra cima, mas o resultado e sempre uma reflexão triste da vida – pois é, recebi um desses que falava sobre educar a mente.

Há bons conselhos ali, e um deles me pegou agora: “Não deixe que os pensamentos depressivos ocupem a sua mente, eles atrairão as coisas ruins que você esta pensando para a sua realidade.” Será?

Meu amigo, eu sou depressivo, ou poeticamente falando, melancólico. Por natureza artística talvez. Pode ser também por saber que sempre vou ver mais coisas tristes do que alegres. Pensando sobre isso, me veio uma forte ojeriza.

Repare comigo. Qual o principal tom das noticias? Bons ou ruins? Jornal que mostra a realidade da violência, da pobreza, de coisas ruins é sensacionalista. O Jornal que escolher palavras bonitas para dar estas mesmas notícias é um jornal equilibrado e sério.

Pense num filme. Pensou? Quanto tempo do filme é gasto pra mostrar momentos de felicidade? Pois é, o meu filme também só tem o final feliz, o resto é tudo tristeza, violência, traição e outras coisas ruins. Presta atenção no que os escritores das novelas globais dizem sobre isso: “Se fizermos uma novela com felicidade em tempo integral, escreveremos um fracasso, porque ninguém agüenta ver muito tempo a felicidade. Nós gostamos de ver as pessoas lutando, sofrendo e correndo atrás da felicidade, mas não com ela.”

Isso parece ser muito real!

Por isso que eu preciso fazer um exercício mental forte. Por vezes sou tentado a usar a seguinte frase como consolo: No final eu serei feliz! Mas eu não me contento com isso. Não acho justo.
Agora, se pensar em coisas ruins atrai coisas ruins, o contrário também tem que funcionar. Os Hare Krishnas pensam assim. Eu e você pensamos assim. Mas da certo?
Imagine: Vamos nos mudar para o sertão e ‘pensar positivamente’ na chuva. Topa? Acho que o sertanejo já pensa assim.

Ah, isso é uma questão de fé. Certo!? Então a partir de agora meu exercício passa de mental para a fé. Se o pensamento positivo e a fé são o lado positivo, qual seria o lado negativo da fé? Existe? A descrença não pode ser porque crer em nada é crer no nada. O fato de nunca acontecer nada de extraordinário, sem milagres, sem bênçãos, sem chuva, é a comprovação de que não possuo fé?

Sabe, nos seres humanos precisamos do oposto. O preto e o branco. O Dia e a noite. O mais e o menos. O bom e o ruim. O alegre e o triste. O homem e a mulher. Repare que vivemos disso, dos opostos.

Outra coisa interessante que ocorre é a capacidade que temos de demorar diferentes tempos de nossas escolhas em diferentes opostos. Tem dias que gosto da chuva mais do que do sol, tem dias que não. Tem dias que prefiro conversar com as mulheres, outros não. Roupa preta hoje, amanhã branca. Agora quero amar, mas antes vou me vingar.

Todavia, nestas idas e vindas, sempre almejamos o momenta da felicidade, e quando chega comemoramos. Pizzaria, amigos, shoppings, compras, futebol... comemoramos. Depois da festa descobrimos que felicidade tem prazo curto. Quer ver?

Quanto tempo você comemora o casamento do seu melhor amigo? E por quanto tempo você ficaria de luto por ele? Não me venha com desculpas. Valorizar o choro não demonstra felicidade, nem levar flores ao tumulo afeto. Funesto, não? Deixe-me explicar melhor.

Adoro as crianças.

Certo dia o Heitor beliscou o Henry. Eu briguei com o Heitor. Menos de dois anos e já tomando bronca. Ele chorou, resmungou, passou dois minutos e voltou a brincar. O Henry, de oito anos, não gostou nada do que o Heitor havia feito, mas dois minutos depois, estavam os dois chutando bola na sala. Tem gente que me machucou já fazem mais de 15 anos. Eu nunca era pra ter deixado de ser criança... já estou lamentando de novo!

Deu pra entender? As crianças passam mais tempo com a felicidade do que com a tristeza. Então o problema seria uma questão de pensamento positivo sobre a felicidade, ou uma questão de valorizar a felicidade que esta acontecendo? A fé se mede por feitos inexplicáveis ou por mudança de atitudes? Vivemos de esperança, ou de certeza? Vou querer dias melhores ou me contentar com o agora? Acomodo-me, ou mudo?

“Jesus, porém, disse: Deixai os pequeninos, e não os impeçais de vir a mim, pois dos tais é o reino dos céus.” Mateus 19:14.

“Pois os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor. Assim como os céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos.” Isaías 55: 8 e 9.

Nossa, estou precisando parar de fazer exercício mental...